HISTÓRIA DE COLOMBO
- BRASÃO DE COLOMBO
http://turismo.colombo.pr.gov.br/2017/02/01/brasao-de-colombo/
- HINO DE COLOMBO
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- PERFIL AVANÇADO DO MUNICÍPIO DE COLOMBO
http://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?codlocal=17&btOk=ok
Em novembro de 1877 um grupo de imigrantes italianos, composto de 162 colonos: 48 homens, 42 mulheres, 42 meninos e 30 meninas chefiados pelo Padre Angelo Cavalli, saíram do Norte da Itália, região do Veneto, como Nove, Cismon del Grapa, Maróstica, Bassano del Grapa, Valstagna, entre outras e chegaram às terras do Paraná. Primeiramente, esses imigrantes se estabeleceram em Morretes na Colônia Nova Itália e mais tarde, abandonaram as terras e subiram a Serra do Mar, em direção a Curitiba.
Em setembro de 1878, esse grupo de italianos, um total de 40 famílias, recebeu do Governo Provincial terras demarcadas em 80 lotes, 40 urbanos e 40 rurais, localizados a 23 Km de Curitiba, na localidade do Butiatumirim recebendo o nome de Colônia “Alfredo Chaves”. Este nome se deu em homenagem ao então Inspetor Geral de Terras e Colonização, Dr. Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves.
Ainda no fim do século XIX, as terras que originariam o Município de Colombo receberam novos contingentes de imigrantes. No ano de 1886 foi criada a Colônia Antonio Prado, com imigrantes poloneses e italianos, também no mesmo ano, criou-se a Colônia Presidente Faria somente com imigrantes italianos; um ano depois anexo a Colônia Presidente Faria, surgiu a Colônia Maria José (atualmente Município de Quatro Barras); e finalmente em 1888 surgiu a Colônia Eufrazio Correia (atualmente Bairro do Capivari), sendo as duas últimas colônias somente de imigrantes italianos. Porém, a Colônia que mais se destacou foi a Colônia Alfredo Chaves que assumiu o papel de sede do futuro Município.
A mudança oficial do nome Colônia Alfredo Chaves para Colombo, deve-se a uma medida do Governo Provisório Republicano, pelo Decreto n.º 11 de 8 de janeiro de 1890. Este nome foi dado em homenagem ao descobridor das Américas – Cristóvão Colombo. Somente em 5 de fevereiro de 1890 foi instalado o Município, sendo o seu primeiro Presidente de Intendência o Sr. Francisco de Camargo Pinto e em 1891 assumiu João Gualberto Bittencourt.
A partir de 14 de julho de 1932, através do Decreto Estadual n.º 1703, Colombo passa a se chamar Capivari, tendo o seu território anexado a Bocaiuva do Sul. Em 9 de agosto de 1933, por força do Decreto Estadual n.º 1831, volta a se chamar Colombo.
Em 20 de outubro de 1938, através do Decreto Estadual n.º 7573, extinguiu-se o Município, anexando-o à capital Curitiba. Somente em 30 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual n.º 199, foi restaurado o poder político e administrativo de Colombo.
Em 1880 o imigrante italiano Francesco Busato, em conjunto com os demais colonos, construiu o primeiro Moinho de Fubá com roda d’água, represando o rio Tumiri. O mesmo teve a iniciativa de instalar a primeira Fábrica de Louças Artísticas do país. Esta fábrica foi considerada a melhor do país, produzindo todo tipo de faiança fina, lindos pratos, xícaras, vasos, floreiras, bules e peças especiais. Funcionava em estabelecimento feito de madeira, o que era um perigo constante com as fornalhas trabalhando e a temperaturas elevadíssimas, os incêndios eram inevitáveis. E foi justamente um grande incêndio que destruiu esta fábrica, suas instalações e maquinários, sofrendo na época o Município um enorme prejuízo econômico.
Durante o período de 1932 a 1947 outras fábricas surgiram como a Fábrica de Banha e Salame de Celeste Milani e Irmãos e a Fábrica de Graspa, de João Agripino. Tosin e José Gasparin, Fábrica de Carroceria (carroça) e Ferraria de Sebastião Guarise, João Lucas Costa e Boleslau Macionik; Padaria, de Francisco Wanke; Celaria de Oscar Bodziak e Valentin Gueno; Alfaiataria de Francisco Toniolo Mottin e José Socher e ainda outras fábricas como de rapaduras; forno de carvão; barricadas; carpintarias; latoeiros; mecânicos; sapateiros; pedreiras além de olaria e serrarias.
Ainda na década de 1940 alguns negócios, como eram chamadas antigamente as casas comerciais, tiveram seu momento de auge como o do Sr. Antonio André Jhonson, na sede de Colombo, Bergamino Borato na Barra do Capivari, Irmãos Falavinha em São Gabriel; João Scucato Coradin em Colônia Faria; Luiz Puppi na Sede; João I. Gusso em Campestre, entre outros. Atualmente, grandes fábricas e industrias estão se instalando no Município e juntamente com a agricultura, transformam a pequena vila de Colombo, como era conhecida, em uma grande e próspera cidade.
Ao longo do século XX, as transformações econômicas e agrícolas em Colombo foram fortemente condicionadas pelo crescimento populacional e econômico da cidade de Curitiba, incentivado pelo Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) de 1978, que direcionava a expansão da ocupação urbana para os municípios periféricos de Curitiba, já que esta não comportava mais a expansão. De acordo com Mendonça (2002), a partir de 1990, impulsionado pelos slogans de “Capital Ecológica” e “Capital Social”, criou-se um novo estímulo atrativo, na esteira de sua “imagem de cidade com qualidade de vida”. Além disso, a vinda de empresas montadoras de automóveis, contribuiu para manter os elevados fluxos migratórios para a cidade, induzindo também ao crescimento dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Curitiba.
Colombo foi o município de maior taxa de crescimento nas décadas de 1970 e 1980 na Região Metropolitana de Curitiba. Décadas que recebeu um grande contingente populacional vindo principalmente do interior paranaense. Esse processo de crescimento concentrou-se na porção sul do município, resultado da expansão da ocupação urbana de Curitiba, dando uma conformação espacial peculiar ao município. Hoje a maioria da população mora em áreas loteadas contínuas a Curitiba, em bairros como Alto Maracanã, Guaraituba e Jardim Osasco.
Em 2000 o município apresentou uma população de 183.329 habitantes, resultado de elevadas taxas de crescimento populacional desde os anos 1970. Essa dinâmica representou a concentração das atividades econômicas na parte sul do município e preservou, em grande medida, a sede e a área rural das pressões da urbanização metropolitana.
A região central e norte apresentam uma ocupação relativamente ordenada, apresentando uma população bem menor e um número restrito de atividades econômicas. O Censo Demográfico de 2000 reafirma Colombo como um dos principais vetores de expansão urbana da Região Metropolitana, com projeções apontando taxas elevadas de crescimento populacional que levariam o município a uma população de 381.894 habitantes em 2010 (IPARDES, 1999). Entretanto, essa projeção reafirma a concentração do crescimento na parte sul do município, mantendo a sede e a área rural fora desse processo. Hoje, 97,6% da população do município mora em áreas loteadas, contíguas a Curitiba. A história recente do município de Colombo não tem apenas relação com sua sede histórica, mas com a evolução dos eventos sociopolíticos e econômicos ocorridos na região.
Fonte: Prefeitura Municipal de Colombo / IPARDES
CURIOSIDADES – HISTORIA DA AGRICULTURA EM COLOMBO
De maneira sintetizada, podemos dividir o desenvolvimento agrícola em Colombo em 04 fases, descritas a seguir, conforme discutido por Almeida (2003):
- 1880 a 1940: A chegada dos primeiros imigrantes italianos fez com que as áreas do atual município começassem a ser colonizadas; as atuais comunidades do Prado, Colônia Faria e Butiatumirim foram os primeiros destinos dos imigrantes, que traziam consigo sonhos de melhorar de vida. O governo brasileiro na época disponibilizava sementes de algumas culturas para o primeiro cultivo nas terras, dentre elas milho, feijão e cereais. Foi desejo dos colonos de Colombo o início da viticultura (cultivo da uva), o que foi atendido pelo governo com a distribuição de material propagativo de videira (FERRARINI, 1992). Os lotes variavam em tamanho, mas nunca muito grandes. Nessas terras as família moravam e cultivavam, além das culturas supracitadas, batata, frutas em geral, legumes e também criavam alguns animais, principalmente aves e suínos, além de algumas cabeças de bovinos. No começo a produção era de subsistência, mas com o passar do tempo e aumento da familiaridade com o local e atividades agrícolas, a produção aumentou e gerou excedentes, que podiam ser comercializados na capital. O sistema de criação de animais até o final da década de 1950 era o conhecido como “Faxinais”, nos quais os animais eram criados soltos em áreas comuns com disponibilidade de alimento (pasto) associado a ervais (cultivo de erva-mate). Conforme Ferrarini (1992), leis municipais do início da década de 1960 proibiram esse tipo de criação em Colombo. Já naquela época as criações se destinavam ao consumo familiar, tração para o trabalho na lavoura e meio de locomoção, não possuindo caráter comercial como a agricultura tinha.
- 1950 a 1960: Nessas duas décadas o caráter comercial da agricultura colombense estava mais nítido, inclusive com a presença de uma cooperativa local de vinho na década de 1960. O fortalecimento do setor da construção civil fez com que toda a cadeia produtiva da bracatinga (espécie florestal nativa da região e abundante) fosse incentivada. O período é marcado pela especulação fundiária a qual a zona rural passou a ser alvo, para a instalação de novas “firmas” de cal. Essa atividade representa fonte de renda para grupos familiares até hoje. Na década de 1960 a vitivinicultura em Colombo começou a declinar, pelos seguintes fatores: a praga conhecida como Pérola atacou os parreirais locais; (“pérola” apresenta ciclo complexo e é persistente no solo, fato pelo qual se diz que “uma vez detectada a pérola, ou se aprende a conviver com ela ou se perde o parreiral”. Dada a severidade da pérola e o baixo nível tecnológico dos produtores, diversos vinhedos foram perdidos e outros tiveram sua produção bastante reduzida, prejudicando toda a cadeia local do vinho. Entrada do vinho do RS, mais competitivos que os locais. Outras bebidas entrando no mercado: produção industrial de bebidas como refrigerantes e cervejas aumentou significativamente. Por fim, o crescimento da capital fez com que a demanda por alimentos aumentasse, fazendo com que a introdução de novos cultivos, especialmente hortaliças, fosse importante para abastecer a capital. Pode-se perceber que as décadas de 50 e 60 foram cruciais para a mudança do “rural” de Colombo, introduzindo novas atividades em substituição a outras tradicionais.
- 1970 – 2000: Maior desenvolvimento da olericultura, havendo um maior investimento a partir de 1990, com a crise do setor agrícola de grãos. Também a crise da bracatinga, em função da substituição da lenha por outras fontes de energia e da legislação ambiental em surgimento com a fiscalização. Essas duas situações tiveram efeito diverso em Colombo: mesmo com problemas, os agricultores decidiram pela diversificação, surgindo a plasticultura (cultivo em estufas) e a hidroponia (em agricultores capitalizados) e a agricultura orgânica (em agricultores descapitalizados).
- 2000: Colombo se firma como o principal município da Região Metropolitana de Curitiba produtor de hortaliças e o segundo no Estado. O trabalho intenso nessa área ainda é a principal característica dos agricultores colombenses, beneficiados, porém, por políticas governamentais para a agricultura familiar, como o crédito rural, que tem mudado a paisagem rural com novas máquinas e implementos agrícolas. Outras atividades muito bem estabelecidas na zona rural são o turismo rural e a retomada na produção vitivinícola. Além desses aspectos, a paisagem rural em Colombo nessa década tem mudado pela especulação fundiária para aquisição de chácaras para fins de semana e também pelo crescimento urbano pressionando os limites da zona rural, como já acontece desde a década passada. Essa pressão tem, inclusive, gerado discussões sobre a precariedade da segurança no meio rural.
O perfil atual do rural colombense se assemelha ao padrão observado em muitos municípios do Estado e do País, nos quais, como já afirmado anteriormente, o rural deixa de ser sinônimo de agrícola e atrasado e assume uma característica de heterogeneidade em desenvolvimento, mas ainda sob forte influência dos tradicionais grupos familiares.
NOSSA GENTE
O Município de Colombo de hoje, contendo características tanto rurais, quanto urbanas, com seus 126 anos e sua população estimada em 229 mil habitantes (IBGE-2014), é ao mesmo tempo berço da imigração italiana e terra de todas as gentes.
DADOS GERAIS
Colombo é um município da Região Metropolitana de Curitiba, do Estado do Paraná. Localiza-se a 17,30 km de distância da capital do estado, a 950 metros acima do nível do mar e sua área é de 198 quilômetros quadrados. As dinâmicas populacionais de Colombo tiveram uma forte ligação com os ciclos econômicos e com os povos que colonizaram a região, combinando fatores externos e uma dinâmica espacial própria.
FERIADOS MUNICIPAIS
05 de fevereiro – Data de instalação / criação do município.
26 de maio – Nossa Senhora do Caravaggio (Patrona dos Lavradores Colombenses)
07 de outubro – Dia da Padroeira do Município, Nossa Senhora do Rosário.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Coordenadas Geográficas:
Latitude: 25º17’30”
Longitude: 49º13’27”
Principais Acessos Rodoviários
BR 116 – (sentido São Paulo) corta a parte sul do município ligando ao Oeste com Campina Grande do Sul e Quatro Barras, onde situa-se a ligação com a Estrada da Graciosa e ao Sul (sentido Porto Alegre), com a cidade de Curitiba, onde se encontra acessos a BR 277, BR 376 e BR 476.
BR 476 – corta o município de Norte a Sul, ligando ao Norte com Bocaiúva do Sul e ao Sul ligando a BR 116 e Curitiba, também conhecida como Estrada da Ribeira.
PR 417 – é a Rodovia da Uva, que liga a sede do município à capital do Estado, Curitiba.
PR 509 ou Contorno Norte Interno – liga a PR 417 (Rodovia da Uva) à PR 92 (Rodovia dos Minérios).
Contorno Norte Externo – liga a sede de Colombo, à sede do município de Almirante Tamandaré.
DISTÂNCIAS
Curitiba: 18 km
Aeroporto: 34 km
São Paulo: 413 km
Rio de Janeiro: 843 km
Brasília: 1.390 km
Área do Município
– Área total – 197,793 km2
– Área urbana – 70 km² aproximadamente
– Área Rural – 128 km² aproximadamente
Demografia
População 212.967 hab.
População residente rural 9.764 pessoas
População residente urbana 203.203 pessoas
(FONTE: IBGE 2010)
Desenvolvimento Humano e Renda
– Indice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,733 (Estado do Paraná – 0,749)
– Índice de Gini da Renda Domiciliar Per Capita: 0,4196 (Estado do Paraná – 0,5416)
Estabelecimentos Comerciais – Turismo
FONTE: RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Emprego.
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- HINO DE COLOMBO
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- PERFIL AVANÇADO DO MUNICÍPIO DE COLOMBO
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- MAPAS DA CIDADE – Bairros e Ruas
(Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano e Habitação – PMC) - Mapas:
Guia de Ruas: